Olá Esefianos e Esefianas. Vimos por meio deste, em nome do Diretório Acadêmico de Educação Física e Dança, dar alguns informes e esclarecimentos do que vem acontecendo em torno da greve na nossa Universidade.
Os técnicos administrativos estão em greve desde o dia 11 de junho desse ano, lembramos que ano passado eles entrarem em greve também e o governo não negociou com os grevistas, esse ano não está sendo diferente. Não sentimos tanta falta dos técnicos, pois na nossa Universidade existem muitos trabalhadores terceirizados, que se resolvem parar ou protestar acabam sendo demitidos pelas empresas que os contratam, pois a UFRGS não tem nenhuma responsabilidade trabalhistas com esses sujeitos.
Com relação aos professores, existem dois sindicatos que os representam, o ANDES-SN e ADUFRGS/PROIFES. São sindicatos que tem um método diferenciado e tem concepções de Universidade diferente, então suas atuações são distintas. O DAEFi apoia e está na luta com o ANDES-SN que tem feito assembleias desde junho desse ano, para no dia 29 de junho deflagrar greve, uma assembleia com 182 participantes. A ADUFRGS fez assembleias virtuais, sem debate, e deflagrou greve nas férias. O governo apresentou uma primeira proposta aos professores que foi negada por todas as Universidades que estão em greve no país (somente UFRN não está em greve dos professores). E agora o ANDES-SN está fazendo assembleias presenciais para estudar a proposta apresentada pelo Governo. E A ADUFRGS está com sua consulta eletrônica.
Os estudantes entraram em estado de greve no dia 02 de julho, pois compreendemos que entrar em greve exige mobilização, debate e no final do semestre, num período de recuperações a greve não seria efetiva. Agora em retorno as aulas faremos uma nova assembleia e espaços de debate, tentaremos fazer com todos os grupos em greve, inclusive a ADUFRGS para debatermos o papel da Universidade frente a precarização da educação e o mal investimento no setor público. Pois avaliamos que essa greve, a medida mais drástica a ser tomada, não está relacionada somente a salário e planos de carreira, mas a necessidade de debater a Contra Reforma Universitária em curso no país, agora virando política de Estado pelo Plano Nacional de Educação e o balanço de 5 anos do projeto REUNI, que os estudantes já em 2007 ocuparam reitoria dizendo que seria um projeto de precarização da Universidade Pública e hoje isso se comprova na prática. Aumento de vagas e criações de novos cursos sem estrutura, sem contratação de professores e técnicos através de concurso público.
É importante ressaltar que nesse período de férias, muitos que estão em greve estão estudando e se organizando. Formou-se o Comando Estadual de Greve, com vários setores do serviço público, não só da educação, como da saúde, setores do INCRA, do IBGE, entre outros. Fizemos um ato no dia 18 aqui em Porto Alegre em unidade com todos os setores grevistas.
Abaixo encaminhamos um vídeo com o professor Juca Pirama, da FACED, trazendo importantes esclarecimentos sobre a greve. E estamos fechando um documento sobre a matrícula via DCE e encaminharemos para a lista assim que estiver finalizado.