DAEFI

Diretório Acadêmico da Educação Física / UFRGS

Archive for julho \31\-03:00 2012

Esclarecimentos sobre a greve!

Posted by daefi em 31/07/2012

Olá Esefianos e Esefianas. Vimos por meio deste, em nome do Diretório Acadêmico de Educação Física e Dança, dar alguns informes e esclarecimentos do que vem acontecendo em torno da greve na nossa Universidade.

Os técnicos administrativos estão em greve desde o dia 11 de junho desse ano, lembramos que ano passado eles entrarem em greve também e o governo não negociou com os grevistas, esse ano não está sendo diferente. Não sentimos tanta falta dos técnicos, pois na nossa Universidade existem muitos trabalhadores terceirizados, que se resolvem parar ou protestar acabam sendo demitidos pelas empresas que os contratam, pois a UFRGS não tem nenhuma responsabilidade trabalhistas com esses sujeitos.

Com relação aos professores, existem dois sindicatos que os representam, o ANDES-SN e ADUFRGS/PROIFES. São sindicatos que tem um método diferenciado e tem concepções de Universidade diferente, então suas atuações são distintas. O DAEFi apoia e está na luta com o ANDES-SN que tem feito assembleias desde junho desse ano, para no dia 29 de junho deflagrar greve, uma assembleia com 182 participantes. A ADUFRGS fez assembleias virtuais, sem debate, e deflagrou greve nas férias. O governo apresentou uma primeira proposta aos professores que foi negada por todas as Universidades que estão em greve no país (somente UFRN não está em greve dos professores). E agora o ANDES-SN está fazendo assembleias presenciais para estudar a proposta apresentada pelo Governo. E A ADUFRGS está com sua consulta eletrônica.

Os estudantes entraram em estado de greve no dia 02 de julho, pois compreendemos que entrar em greve exige mobilização, debate e no final do semestre, num período de recuperações a greve não seria efetiva. Agora em retorno as aulas faremos uma nova assembleia e espaços de debate, tentaremos fazer com todos os grupos em greve, inclusive a ADUFRGS para debatermos o papel da Universidade frente a precarização da educação e o mal investimento no setor público. Pois avaliamos que essa greve, a medida mais drástica a ser tomada, não está relacionada somente a salário e planos de carreira, mas a necessidade de debater a Contra Reforma Universitária em curso no país, agora virando política de Estado pelo Plano Nacional de Educação e o balanço de 5 anos do projeto REUNI, que os estudantes já em 2007 ocuparam reitoria dizendo que seria um projeto de precarização da Universidade Pública e hoje isso se comprova na prática. Aumento de vagas e criações de novos cursos sem estrutura, sem contratação de professores e técnicos através de concurso público.

É importante ressaltar que nesse período de férias, muitos que estão em greve estão estudando e se organizando. Formou-se o Comando Estadual de Greve, com vários setores do serviço público, não só da educação, como da saúde, setores do INCRA, do IBGE, entre outros. Fizemos um ato no dia 18 aqui em Porto Alegre em unidade com todos os setores grevistas.

Abaixo encaminhamos um vídeo com o professor Juca Pirama, da FACED, trazendo importantes esclarecimentos sobre a greve. E estamos fechando um documento sobre a matrícula via DCE e encaminharemos para a lista assim que estiver finalizado.

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Nota ExNEEF em defesa da campanha 10% PIB para Educação Pública Já!

Posted by daefi em 03/07/2012

EXECUTIVA NACIONAL DE ESTUDANTES DE EDUCAÇÃO FÍSICA
NOTA PÚBLICA EM DEFESA DA CAMPANHA
“10% DO PIB PARA EDUCAÇÃO PÚBLICA JÁ!”

Leia abaixo ou faço o download: ExNEEF-nota defesa 10% PIB para educação pública já

O ano de 2011 foi marcado pela intensa mobilização da sociedade civil em defesa da educação pública e de
qualidade, organizada em torno da campanha pela aplicação imediata de 10% do PIB para educação pública,
contrapondo-se à proposta do governo de aplicação de 7% até 2020 sem especificação do destino do investimento.
Eis que na última terça-feira (26), a câmara, em reunião da comissão especial do Plano Nacional de
Educação, aprovou a elevação para os 10%, porém, com o condicionante de se atingir a meta em 10 anos, ou seja,
em 2023, onde o próprio ministro Mercadante já afirmou que politicamente será difícil cumprir a meta, assim como no
último PNE que previa 7% e sequer chegamos a 5% passados os 10 anos.
A primeira vista, a aprovação aparece como uma vitória para o setor da educação, porém um olhar mais
atento e veremos que a luta pelos 10% do PIB para educação pública ainda tem muito terreno para se desenvolver. O
movimento educacional exige a aplicação imediata do investimento, para que minimamente se inicie o processo de
reversão histórico do quadro de precarização da educação no Brasil e não como um teto à se atingir daqui 10 anos, a
responsabilidade com a qualidade da formação não pode mais esperar.
Ainda contrariando os interesses da sociedade, a emenda aprovada, não deixa claro se o destino do
investimento será a educação pública ou privada. O que a história recente nos deixa de exemplo, é que boa parte das
verbas públicas foram destinadas à salvar os grandes tubarões do ensino privado, tendo como carro chefe o
Programa Universidade Para Todos – PROUNI, com a promessa de democratizar o acesso ao ensino superior, os
recursos destinados por cada vaga no setor privado, possibilitaria a abertura do triplo de vagas na Universidade
pública.
A comissão rejeitou também a medida que previa regras claras para que os administradores públicos
cumprissem a meta aprovada e criminalizasse aqueles que não cumprissem, como é feito com a responsabilidade
fiscal com o pagamento da dívida pública, assim favorecendo a corrupção e desvio de verbas que há anos assola o
nosso país.
Logo após a aprovação, a União Nacional dos Estudantes, iniciou seu teatro, junto ao governo, para fazer
parecer que a aprovação da medida era resultado da pressão exercida pela entidade, colocando como uma
conquista histórica, fruto de uma guerra de 17 meses, mobilizando-se nas ruas, universidades e gabinetes.
Acatando a medida na forma como foi aprovada, sem as reivindicações do movimento pela aplicação imediata na
educação pública, fazendo parecer que a batalha foi vencida, a UNE atua mais uma vez como um pelego
amortecendo os impactos da luta real em defesa da educação pública, posiciona-se contrária aos interesses dos
trabalhadores.
A greve nas Federais que atinge proporções de mobilização há muito não vistas, com quase todas as
Universidades do país paralisadas, demonstra que o quadro da educação é grave, acentuado pelas últimas contrareformas
impostas pelo governo, que agora pretendem transformar em políticas de Estado nesse mesmo PNE que
prevê 10% do PIB para 2023 e comemorado pela União Nacional dos Estudantes.
Greve essa, que retoma o método de luta dos trabalhadores, com mobilização, assembleias, criação de
comandos democráticos, aos quais o governo tenta deslegitimar, ao afirmar que não negociaria com o comando e
somente com a UNE. Esse cenário, demonstra na prática, que a posição do Movimento Estudantil de Educação
Física de rompimento com a União Nacional dos Estudantes, reafirmado desde 2008, mais do que nunca se mostra
acertado e necessário.
A luta contra o novo PNE, pela aplicação de 10% do PIB para educação pública imediatamente, em defesa
da qualidade e referência social na formação, colocam-se na pauta do dia. O período é de balanço, reflexão e luta,
para responder nas ruas e organizar o movimento por fora das entidades que se colocam do outro lado trincheira.

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