O ano de 2013 tem sido marcado pelo retorno de grandes mobilizações no país, após um período de quase duas décadas de apatia, fruto de uma política de cooptação dos movimentos sociais e “bolsificação” da vida, promovidas pelo Governo Federal, que diferentemente dos discursos midiáticos, não titubeou em retirar ou precarizar direitos sociais básicos, como educação, saúde, transporte, moradia, entre tantos outros.
As milhares de vozes que ecoam nas ruas demonstram o descontentamento com os rumos tomados e reivindicam novos patamares de direitos que devem ser garantidos pelo Estado. Estudantes, professores, trabalhadores das mais diversas áreas se levantam em defesa da qualidade dos serviços públicos que interessam à toda sociedade.
Ao mesmo tempo em que crescem as lutas, cresce também a resposta do governo, sob a forma da criminalização e repressão que nos fazem lembrar do passado recente do Brasil, quando vivíamos em um regime de ditadura militar. Já nas grandes mobilizações de junho vimos a atuação da polícia militar, que não hesitou em utilizar bombas de gás, spray de pimenta, balas de borracha, cacetetes e prisões injustificadas contra àqueles que exerciam das mais diversas formas seu direito de se manifestar.
Porém nada se aproxima do que tem ocorrido nas últimas semanas, professores no Rio de Janeiro sendo espancados pela polícia e aqui no Rio Grande do Sul não é diferente, professores sendo presos injustamente por portarem bandeiras e vinagre, acusados de flagrante em depredação do patrimônio público horas depois do ocorrido e a quilômetros de distância do local depredado, e ainda a invasão de casas de militantes e sedes de organizações políticas acusados de formação de quadrilha, tendo seus pertences, como livros e imagens políticas, apreendidos.
Desde o inicio estudantes e professores de educação física estiveram presentes nas mobilizações, tivemos colegas da ESEF presos injustamente durante as manifestações de junho e dois professores presos na última semana, um deles com graduação e mestrado feitos em nossa escola.
Diante disso, expressamos por meio desta nota, nossa solidariedade aos professores e estudantes perseguidos politicamente, e repudiamos a atuação do Governo Tarso/PT de criminalização e repressão daqueles que lutam por uma educação pública de qualidade e em defesa dos direitos dos trabalhadores.
DAEFI 